quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Populismo Francês


Dizia Platini, Presidente da Uefa, que em dois anos discursou mais vezes do que marcou livres em toda a sua carreira. É pena que não tenha tanto jeito para discursar como tinha para marcar livres!

Vem isto no seguimento da sua última proposta: Criar um tecto salarial e um limite pré-estabelecido para os gastos de um clube de futebol. Procurando, assim, “inverter uma “tendência perversa” das instituições europeias para considerar o futebol profissional como uma actividade económica como outra qualquer”.
Platini, confesso, comove-me pela pureza do seu coração! Como também me comove a sua vontade, quase obsessiva, em participar na gestão dos Clubes! Há-de haver algo que justifique tamanha barbaridade. E, se pensarmos bem, verificamos que apenas existe uma razão para este intervencionismo desmedido, ou seja, é Francês! E, como bom francês que é, a estupidez está implícita.

Espero bem que esta proposta não seja aprovada, não só pelo princípio da liberdade que está em causa (clubes, jogadores, etc.), mas, também, pelo bem do jogo.

Bienvenido a Portugal...

Portugal começa a apresentar tiques de um País Sul-Americano.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Agora também Sem Filtro e à beira mar plantado.

Senhor Primeiro - Ministro, os eleitores não são parvos…

José Sócrates, mérito lhe seja reconhecido, é um humorista nato. O nosso Primeiro – Ministro não só tem uma especial vocação para o Marketing político, como, pasmem-se, ainda se dedica a essa arte tão nobre que é a comédia. Hoje “considerou que a taxa média de desemprego de 7,6 por cento em 2008 tem de ser considerada como um número animador".
Podia escrever dezenas de linhas sobre esta percentagem (que de animador tem muito pouco), mas, contas feitas, seria mais do mesmo, ou seja, estaria a “bater no ceguinho”. E, confesso, para o caso, não é o que mais me preocupa. O que realmente me deixa apreensivo é Sócrates afirmar “Certamente nos dá ainda uma razão suplementar para continuar aquilo que devemos fazer: mais investimento público e mais oportunidades de emprego”. Bem sei que estamos em época eleitoral (informalmente, claro!), mas, mesmo assim, há limites. E querer transformar o Estado no motor da Economia é um desses limites. Com a agravante que tudo não passa de uma grande mentira (como se recordarão da promessa dos 150.000 postos de emprego).
Ao Estado não compete criar emprego. Deve, isso sim, promover condições para que a iniciativa privada se encarregue dessa tarefa.
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Também publicado Sem Filtro!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Medidas Fiscais

Não sendo o melhor modelo, a proposta do CDS/PP é uma lufada de ar fresco no sistema fiscal Português. Enquanto o Primeiro-Ministro anda entretido a rotular ricos e pobres – vá-se lá saber com que critério – o CDS vai marcando pontos. É com este tipo de propostas que se ganha credibilidade e confiança politica. Andou bem Paulo Portas ao propor a redução para 3 escalões, apesar de não resolver a totalidade dos problemas, pelo menos, tem o mérito de simplificar. E, nos dias que correm, só por isso, já merece consideração.
Pode ser que se abra uma janela de oportunidade para as “flat tax”. Atendendo às características de Portugal, julgo que as Flat Tax são o melhor modelo (os países do Leste já o implementaram e não consta que se tenham saído mal – relativamente a esta matéria). É que a taxa plana tem, desde logo, a grande vantagem de acabar com essa ideia socialista da progressividade – conceito que sempre me incomodou, confesso – passando, então, a vigorar a igualdade tributária, isto é, todos pagam o mesmo (entenda-se, a mesma taxa). Naturalmente, quem tem maiores rendimentos paga mais (proporcionalidade), apesar da taxa ser exactamente a mesma.